ribeira de seiça

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Resposta do Director Regional de Cultura sobre a reconstrução do Convento

Resposta por email
sexta-feira, 23 de Outubro de 2009 7:54
DE: Cultura Centro culturacentro@drcc.pt

Assunto: Reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça, Paião, Figueira da Foz

Exma Senhora
Maria Rosa Anttonen

Relativamente ao assunto em epígrafe referido no seu e-mail de 24 de Agosto de 2009, refere-se que o imóvel classificado como IIP, por Dec nº 5/2009 de 19/2 é propriedade Municipal desde 2004.
Tem sido disponibilizado por esta Direcção Regional de Cultura do Centro o apoio técnico solicitado pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, o último dos quais, de 28-04’09 que se referia ao procedimento a adoptar para a limpezas da elevada quantidade de infestantes existentes nas estruturas do imóvel.
Quanto à recuperação do Mosteiro de Santa Maria de Seiça, carecendo inequivocamente de intervenção para a sua salvaguarda, cabe à autarquia esta responsabilidade, para o que deverá ser definido um programa global para o seu uso e ocupação, que permitirá elaborar o projecto de recuperação, cuja concretização contribuirá para salvaguarda do imóvel.

Com os meus melhores cumprimentos,
O Director Regional
Prof. Doutor António Pedro Pita

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Entrada para o claustro

Entrada para o claustro do Convento de Seiça onde a porta está aberta a quem queira entrar e ver a decadência do Convento....e também a beleza deste monumento ...onde me casei.

Por um acaso da vida, num dia de eleições, encontrei o Exmo Senhor dr. Juiz Ataíde, que é agora o Presidente da Câmara da Figueira da Foz, na Av. da República a distribuir a Sua propaganda que dizia "Acreditar de Novo" e "a mudança" . Aproveitei a oportunidade para o cumprimentar e falar no Convento de Santa Maria de Seiça assim como no Abaixo-Assinado entregue na Câmara.


Logo a seguir, na mesma rua, ía o senhor engenheiro Daniel Santos com a propaganda da Figueira 100%. Tornei a aproveitar a oportunidade que a vida me dava em duplicado e lá voltei a falar no Convento. (Quando entreguei o Abaixo-Assinado, dia 17 de Agosto na sessão da Câmara, esperei 4 horas para o fazer e eram cerca de 19,30h quando o fiz).
Apresento a todos os eleitos os meus parabéns e que realmente a Figueira da Foz "encontre o seu rumo" que, apesar de ser uma cidade pequena, é uma das cidades portuguesas mais conhecidas.


Porta aberta...

domingo, 23 de agosto de 2009

Fotos da Feira do Ano

Fim de festa....


Aqui fica um abraço para todos.


Pormenor de um painel de azulejos na capela de Santa Maria de Seiça.




















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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Entrega do Abaixo-Assinado para a recuperação do Convento de Santa Maria de Seiça

Entrega do Abaixo-assinado no dia 17 de Agosto de 2009 na Sessão da Câmara Municipal

Foi entregue ao Exmº Sr. Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz o Abaixo-assinado pela recuperação do Convento de Santa Maria de Seiça com 1218 assinaturas.
Foram tiradas cópias para serem entregues a diversas entidades.

No acto da entrega das assinaturas as respostas que obtive do Exmº Sr. Presidente Duarte Silva sobre a recuperação do Convento foram:

“Lamento mas não temos verba nem projecto para a recuperação do Convento.
É um concelho pobre.
Nunca foram pedidos apoios comunitários para a recuperação do convento!”

A Dr.ª Teresa Machado referiu que “o armazém do Convento é útil para armazenamento da Câmara Municipal, estava cheio, assim evita-se alugar um para o mesmo fim”.

A minha conclusão é de que não há nenhum interesse por parte da Câmara da Figueira da Foz na recuperação do Convento.

Quero acrescentar que não considero Portugal, ou mesmo o Concelho da Figueira da Foz, “pobre” mas apenas “pobre” em iniciativas e em organização por parte de quem dirige.

Maria Rosa Anttonen

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Feira de Ano em Seiça


















Foi a festa religiosa a Nossa Senhora de Seiça na capela octogonal (única na Península Ibérica) que começou por trazer os feirantes a Seiça, em anos que já não têm conta….
A Feira de Ano é considerada uma das mais antigas do concelho e uma das primeiras do País.

A festa religiosa de Nossa Senhora de Seiça e a Feira do Ano, a 14 e 15 de Agosto, altura em que os nossos emigrantes se encontram de férias e de visita aos familiares é ponto de encontro todos os anos, alguns para cumprir promessas na Capela de Seiça, onde no alpendre está uma balança enorme com dois pratos em madeira, num dos pratos coloca-se uma criança e no outro o seu peso em milho ou o equivalente em euros.

Tornou-se assim numa feira muito concorrida onde se vende de tudo.

Pena, que um lugar tão apreciado onde aos fins de semana se realizam casamentos, esteja com o Convento completamente abandonado pela Câmara da Figueira da Foz.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Entrega do Abaixo-Assinado à Câmara da Figueira da Foz

Nota à Comunicação Social
Figueira da Foz, 03 de Agosto de 2009


Entrega do Abaixo-Assinado em defesa da reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça ao Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz


Tendo eu (Maria Rosa Anttonen)começado a recolha de assinaturas para o Abaixo-Assinado com o pedido da reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça, que pertenceu à família das minhas filhas e a mim por casamento com um dos herdeiros, senti que era meu dever fazê-lo depois de ter assinado a escritura da Venda do Convento à Câmara Municipal da Figueira da Foz com a convicção de que o Convento seria candidato a Fundos Comunitários. Passaram agora cinco anos e nunca foi esclarecido à população do concelho da Figueira da Foz a razão do abandono total em que se encontra (estando o antigo armazém do arroz transformado em armazém da Câmara).

Algumas perguntas se me põem.

Por que o Paço de Tavarede foi completamente recuperado e o Convento completamente abandonado? Por que houve dinheiro para um e o outro foi completamente esquecido e está em absoluta degradação?

Estando a aproximar-se as Eleições Autárquicas e pretendendo fazer parte da uma lista candidata à Junta de Freguesia do Paião (que não estava em mente no começo desta iniciativa) não quero deixar de agradecer aos que independentemente das suas opções partidárias me deram todo o apoio na recolha de assinaturas e também aos que assinaram o documento

Pretendo que o Abaixo-Assinado seja de todos os cidadãos por uma causa comum que representa as raízes de todos nós e para conclusão deste processo a entrega do original será feita na ultima sessão da Câmara Municipal no dia 17 de Agosto e posteriormente serão entregues cópias a outras entidades depois da formação do novo Governo, mas continuando o pedido de reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça a ser parte de minhas futuras iniciativas, sejam elas, como este o foi, meramente individuais ou integrando projectos a que entenda aderir dando o meu contributo para o seu sucesso.

Maria Rosa Anttonen

sábado, 1 de agosto de 2009

Continuação da Historia do Convento de Seiça

Mapa da Freguesia do Paião
Continuação do Blogue

O blogue esteve parado desde Maio por diversos motivos, um dos quais tem a ver com a historia do Convento (que é na Ribeira de Seiça) pois queria colocar as fotos do espólio que foi distribuído pelas capelas do concelho depois da dissolução das Ordens religiosas em 1834 e alienação das suas propriedades. Tarefa que não é fácil pelas capelas se encontrarem normalmente fechadas:

- no Copeiro - Capela de S. Bento ( a seguir ao Casal Novo)

- no Alqueidão – Capela Velha

- em Porto Godinho – Capela de Porto Godinho

- no Calvete – Capela do Calvete

- em Quiaios – Igreja de Quiaios

Encontram -se outras peças deste Convento:

- na Figueira da Foz – na Igreja de Santo António, na Igreja de S. Julião e no Museu Municipal da Figueira da Foz

- em Coimbra – na Fundação Bissaya Barreto

A minha intenção é seguir uma ordem cronológica da vida do Convento de Seiça até ao presente.


A flor da silva (das amoras)



A flor das silvas (que nos dão as amoras) e que rapidamente nos campos invadem os terrenos abandonados....é bonita!

Aqui está ela em cima de uma folha de milho com gotas de orvalho.

domingo, 3 de maio de 2009

Uma imagem..... mil palavras...

Esta fotografia reflete o desinteresse de quem de direito devia tomar conta do nosso Património histórico....

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Seiça





Foto de G. Medlam















sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A Primavera

A foto mostra o prenúncio da Primavera com a chegada das cegonhas e os salgueiros com folhas....
















segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O Couto de Seiça


A propriedade eclesiástica tinha por regra o estatuto de Couto – era isenta e imune aos direitos jurisdicionais e fiscais gerais, atraindo gente mediante contratos. Assim temos os coutos de Lavos, Seiça e Louriçal.

O Couto de Seiça

O Couto de Seiça aparece logo a seguir à fundação do Mosteiro de Seiça por diplomas datados de 1175 e 1195.
Em 1175 D. Afonso Henriques couta as matas que envolvem o Mosteiro, desde o sítio do Outeiro, pelo Copeiro, Paião, Vale Vendeiro e Casal Verde, passando pela Telhada e Calvete.

Estas terras são atravessadas pela Ribeira de Seiça que era navegável até a Ribeira de Carnide e por esta até ao rio Mondego.

Era também navegável até à Marinha das Ondas, donde provinha a pedra e outros materiais que se empregaram na construção do Mosteiro de Seiça.

No ano de 1195 D. Sancho I alargou os limites do Couto e entregou-o aos frades de Alcobaça.

A arquitectura das igrejas e capelas templárias seguem o modelo de Cister, algumas apresentam uma planta octogonal, como a Charola do Convento de Cristo em Tomar, réplica do templo de Salomão na cidade de Jerusalém ou da rotunda do Templo em Paris.

Em 1348 a “peste negra” dizima parte da população e no Convento de Seiça terão morrido 150 religiosos.

Compreende-se assim a importância destes Coutos no desenvolvimento do nosso País e como é obrigação continuar a preservar o nosso património ou o que resta dele…...

Bibliografia “Templários de Eduardo Amarante” e “Figueira da Foz memória, conhecimento e inovação Réstia Editores”


A Ordem de Cister e os Cavaleiros do Templo


D. Afonso Henriques ao começar a conquista do território aos Mouros viu-se com terras que precisavam de ser colonizadas e organizadas em núcleos populacionais, assim como de serem protegidas de novos ataques. Esta tarefa foi feita com o apoio da Ordem de Cister e dos seus guerreiros-monges a Ordem do Templo.
Como recompensa pela ajuda prestada pelos Cavaleiros da Ordem do Templo (ou Templários) D. Afonso Henriques faz-lhes doações e assim vão surgindo Mosteiros como o de Alcobaça.
A Ordem do Templo já estava estabelecida em Portugal (pelo menos desde 1126) e em 1128 D. Teresa (mãe de D. Afonso Henriques) oferece-lhes o Castelo de Soure, a historia desta Ordem está, pois, ligada desde o princípio da sua formação à história de Portugal.


sábado, 24 de janeiro de 2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Entrada para o refeitório





Pormenor do tecto da sala que dá entrada ao refeitório.
(madeira pintada)











domingo, 18 de janeiro de 2009

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Excertos da Introdução dos Documentos Medievais do Mosteiro de Santa Maria de Seiça




Interior sem cúpula


Excertos da introdução aos “Documentos Medievais do Convento de Seiça”
Casa de Sarmento
Centro de Estudos Patrimoniais

Um pouco da história do Mosteiro de Seiça e da capela de Santa Maria de Seiça.

Os Documentos Medievais do Convento de Seiça, são documentos certificados por Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo que foi o diplomata e paleógrafo escolhido para a reforma do cartório Monástico do Mosteiro em 1790.

“O Convento de Seiça, situado pouco a sul do Mondego, não longe da linha de costa, junto à Ribeira de Seiça, teve a sua origem na pequena ermida em que segundo uma inquirição de testemunhas, do final do século XII, que depuseram num dos muitos pleitos suscitados entre o Cabido da Sé de Coimbra e Santa Cruz, um monge estabelecer a residência, no referido século, em ano todavia, indeterminado.

Era a consequência da reconquista cristã que lentamente ia avançando para alem do Mondego, recuperando terras e fixando núcleos de população.

A ermidinha de Seiça em breve prosperou e se tornou centro de vasto couto que D. Afonso Henriques privilegiou mais de uma vez e que Pontífices protegeram.

Consideram-se desaparecidos há muito os diplomas afonsinos anteriores à Carta de Couto (nota:a propriedade eclesiástica estava por regra, enquadrada no estatuto de Couto e por isso mesmo, era isenta e imune aos direitos jurisdicionais e fiscais gerais. Pertencia ao senhor eclesiástico cobrar as rendas e exercer a justiça no caso de senhorios completos, ou de apenas receber o que lhe era devido pelo domínio territorial no caso de senhorios condicionados) de 1175; a Historia Manleanense, códice de 1715, já se refere apenas a esta carta; o prefácio dum índice do cartório com data de 1790, também declara não existir diploma anterior, mas conclui dum inventario de 1539 que D. Afonso Henriques já em 1162 fazia doações ao mosteiro.

Abiah Elisabeth Reuter publica nos seus Documentos da chancelaria de Afonso Henriques a carta de couto ao abade D. Paio Viegas e ao mosteiro, de Março de 1175, cujo original encontrou no Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

Tem-se dito, também, que os seus primeiros habitadores seriam monges beneditinos, mas já no reinado de D. Sancho I o convento era de cistercenses.

Na Crónica de Cister, no Santuário Mariano, no Agiologio Lusitano, na Historia Manleanennse, (códice do arquivo municipal de Montemor-o-Velho) e noutras crónicas monásticas, anda a historia (e também o romance…) da fundação de Seiça por D. Afonso Henriques, bem como os milagrosos sucessos ocorridos com o celebrado Abade João alguns séculos antes, fonte de numerosa bibliografia, ainda hoje memorados no revestimento pictural da capela octogonal de Seiça, reconstruída em 1602, e não suficientemente explicados ( a lenda de Montemor e a lenda da construção do Mosteiro estão pintados nos lados laterais da capela).


Cartório Real Mosteiro de Santa Maria 1790

É certo, e incontestável que o documento mais antigo que neste Cartório se conserva é a Doação do Couto da Villa de Santa Maria, a Velha onde está fundado o Mosteiro, feita por D. Afonso Henriques ao abade Dom Pelágio Egas, e aos Seus Frades no ano de Cristo de 1175: o que sem dúvida indica haver aqui Mosteiro, cujo principio inteiramente se ignora. Sabe-se contudo que o Sr. Rei D. Afonso Henriques tinha feito outra doação a este Mosteiro no ano de 1162.

Assim no ano de 1162 a 1172 e 1173 já aqui havia Mosteiro com Monges e Abade e este poderia ser o D. Martinho…mas de nenhuma sorte se conclui que o Mosteiro não fosse já naquele tempo muito antigo.

A capela de Santa Maria de Seiça e o Mosteiro

A capela que o Abade João mandou erguer nas matas de Seiça já meia arruinada e foi por isso restaurada no tempo de D. Afonso Henriques ou de D. Sancho I e de novo posta de pé, no ano de 1602. Na capela octogonal em cada um dos seus lados estão pintadas as lendas sobre o Mosteiro (a fundação do Mosteiro que D. Afonso Henriques mandou erguer um pouco a sul do actual e do qual já nada resta) e Montemor-o-Velho.“

O actual Mosteiro é uma construção típica do sec.XVII.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Quadros da Capela de Santa Maria de Seiça


Do lado direiro uma das pinturas
que conta os combates do Abade João com os Mouros


Lenda da construção do Mosteiro por D. Afonso Henriques (era mais a sul do que o actual). É interessante ver o desenho da capela.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Arcos e colunas
















.......e silvas.....e mais silvas

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Mais uma entrada e escadas





Entrada do lado direito das escadas.







Pormenor de uma planta nas escadas que deu uma bonita fotografia.